quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Ela não sabia...

Aquele pensamento deixou-a atordoada. Estaria ela certa? Era melhor pensar assim do que o contrário e se iludir mais uma vez. A decepção é uma professora da vida, nos ensina a lidar com os acontecimentos do mundo para o qual não se tem explicação. Mas ela já tinha aprendido, e muito. Chegou a hora de colocar em prática. Mas já não estaria colocando sem perceber? Já não pensava nem agia como antes. Estava com a mente mais aberta e, principalmente, com o coração aberto. Pelo menos era o que pensava. Na verdade, talvez, ainda houvesse uma barreira transparente, muito tênue, porém forte. Quem tentava atravessar esse obstáculo não era bom o suficiente ou utilizava as estratégias erradas. Por isso continuava ali, com apenas uma rachadura, mas que logo ia se recompor novamente. Muitos tentaram, alguns até conseguiram fazer balançar, mas apenas isso. A barreira de seu coração continuava intacta...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Fácil

Mulher é um bixo esquisito. Mas descobri que homem é mais ainda, porém, nem um pouco intrigante ou misterioso. As atitudes masculinas são tão previsíveis. Sempre se diz que para cada regra há uma exceção, mas nesse caso ta difícil. Ok ok, digamos que minha “vasta” experiência com essa raça não me faz uma experiente no assunto. Mas pelo que se pode observar, pela convivência, pelos casos de amigas e amigos posso dizer que realmente nada mais é novidade. Sempre dizem que mulher é emocional demais, que é por isso que sofrem tanto quando o assunto é relacionamento. Mas ando discordando com essa teoria. Eu sou uma pessoa extremamente emocional, penso antes com o coração do que com a cabeça. Nos últimos tempos percebi que isso não é inteiramente verdade. Consigo ser racional e muito. E não apenas eu, muitas amigas ao meu redor me mostraram que são assim também. Nem todas é claro, mas uma boa parte. Logo fica fácil decifrar a mente do sexo oposto. Claro que quando se está cegamente apaixonada fica difícil, afinal a emoção fala mais alta. Porém chega um momento que o egoísmo chega em boa hora. Momento de pensar primeiro em si mesmo e ser racional a ponto de não se deixar levar por pequenos detalhes ou, digamos, motivações. No fim essa raça bastante esquisita e previsível é um antro onde todos são iguais. Ta eu admito, existem sim, algumas exceções, mas são raríssimas. Quando se critica as mulheres com comentários machistas devo dizer que em alguns casos até concordo. Assim como também acredito na teoria de que mulher evolui antes que o homem. Não que ela seja superior, afinal a gente encontra todo tipo de criatura nesse mundo, mas com certeza ela é bem mais intrigante. Mas mal sabem esses garotos o que se passa na mente de uma mulher. E é isso que nos torna extremamente mais interessantes. Parabéns meninos, vocês tem a sorte de poderem tentar conquistar e ainda desfrutar do amor da mais bela raça existente.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

La Dolce Vita




Lágrimas e risos. São os sintomas para quem assiste ao filme Elsa e Fred (2005), dirigido por Marcos Carnevale. Um velinho, mais simpático impossível, viúvo recente, conhece uma exêntrica senhora que vive intensamente. Os dois iniciam uma relação de amizade e amor. Duas pessoas completamente diferentes que se encontram e vivem uma intensa paixão já na terceira idade. Fred (Manuel Alexandre) é um senhor de setenta e poucos anos que vive deprimido pela perda da primeira mulher. Se diz hipocondríaco e toma diversos remédios. Elsa (China Zorrilla) surge na vida de Fred como alguém que o ensina a aproveitar a vida e não temê-la. É uma comédia romântica que foge do romantismo clichê dos filmes atuais. Dificilmente se encontra, nos dias de hoje, protagonistas de 80 anos em um filme desse gênero. Muitas risadas com as atrapalhadas e safadezas de Elsa e lágrimas (de felicidade, com certeza) por tudo que Fred faz por ela. Eles se completam e não há como o espectador não sentir isso. Vale a peníssima!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O enigmático inconsciente

Enquanto estamos acordados podemos, pelo menos, tentar controlar nosso inconsciente. Porém, quando estamos dormindo nosso cérebro continua ativo, porém desligado. Como assim?! Bom ele continua funcionando, mas nesse momentos é quando o inconsciente resolve dar as caras. É o que eu acredito que seja o sonho. As vezes sonhamos o que se passou no dia, as vezes com coisas e pessoas que a gente nem se lembrava. O que pode ser perigoso, afinal, há coisas que não precisam ser ativadas novamente em nosso pensamento. Não falo do sonho como algo a desejar, mas sim o sonho que não podemos controlar. O sonho desejo é o que queremos, pensamos durante o dia e buscamos realizá-lo. O sonho de que falo é aquele que não controlamos, que mesmo nos esforçando para não sonhar certas coisas elas simplesmente surgem em nossas mentes. Muitas pessoas não se lembram do que sonharam, mas eu lembro, lembro sempre. Na maioria das vezes são estranhos, engraçados, impossíveis, mas sempre relacionado a uma realidade, a um acontecimento. Sempre com pessoas que eu falei durante o dia, ou pensei ou lembrei. Mas, muitas vezes com pessoas que eu nem lembrava da existência, o que é engraçado e o que me faz pensar no enigma que é nosso cerébro. Talvez no fundo a gente quer sonhar com aquilo e não quer esquecer, é a vontade do inconsciente. Porém me pergunto, será que esse tal inconsciente sabe o que devemos lembrar e o que devemos esquecer? Ou é apenas uma força abstrata da nossa própria vontade? Esquecer ou lembrar, não está em nossas mãos.