quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
É Natal
E está chegando o Natal. Enfeites natalinos espalhados por todos os cantos, um papai noel ai e outros trezentos lá.O Melhor do Natal seria a magia, mas onde será que ela foi parar? Não sei se eu estou meio velha pra entrar no clima ou se tudo escafedeu-se. Pois é, nas antigas eu já estaria preparando minha cartinha para o bom velinho. Ok, ok, eu descobri que tal velinho não existe há muito tempo, na praia, quando o senhor que se vestiu de papai noel chegou lá em casa no outro dia e eu o reconheci através dos seus lindos olhos verdes e disse: "Pai esse ai era o papai noel ontem". Fiquei confusa mas depois entendi. Cada vez mais as pessoas vão limitando sua imaginação e perdendo o belo dom de sonhar e acreditar. Acreditar que as pessoas ficam mais gentis nessa época do ano, mais solidárias. Afinal, na verdade, acontece o contrário: centenas de pessoas correndo de um lado para o outro dentro de shopping, nas ruas do centro, em todos os lugares comerciais, afim de comprar uns presentinhos. Todo mundo se soqueando, cotovelos para lá, empurrões para cá. E a gentileza da época aonde fica?! Pois é. A sociedade consumista só quer presente, presente, presente. Eu quero presente! Até porque eu tenho meu lado consumista de ser, bem grande por sinal. Mas, o que eu gostava no natal era a árvore, o presépio, a bolinha vermelha e a estrelinha, o CD de músicas natalinas do meu pai. Hoje é aquele peru maneiro, o "Feliz Natal" meia-noite, um presentinho e deu, acabou-se. Enfim, por mais clichê que seja, estou precisando encontrar a pequena bruninha dentro de mim e soltar a imaginação. Esse Natal? vou para Gramado com a família. Será que lá eu encontro meu espírito natalino?
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Pequena família de coisas bizarras....
Ontem assisti, finalmente, Pequena Miss Sunshine. O filme é muito bom. É uma comédia dramática sobre uma família, digamos assim, diferente. Avô viciado, Pai fissurado em vencedores, filho que faz voto de silêncio, tio homossexual que tenta se matar e assim vai. Atenção especial para a pequena atriz Abgail Breslin, que está contagiante como Olive. O filme possui diversos conflitos e tudo acaba girando na ida da família até a California para que a menina possa participar de um concurso de beleza (o que no fim acaba como um show de horrores de pequenas monstrinhas tentando ser mulheres adultas e plastificadas. Pelo menos paras mim). Outro ponto que deve-se destacar é a Kombi que a família utiliza para a viagem. É uns dos momentos mais hilários do filme. Não darei detalhes para não estragar a obra para quem ainda não viu. Com certeza o filme é puro humor negro, o que na minha opinião é o melhor. Com um orçamento minúsculo, o filme foi vencedor do Oscar, por melhor roteiro original de 2007. Com certeza é um filme que vale a pena.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
PROVA DE REDAÇÃO
Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: Você tem experiência?
A redação que segue é de um dos candidatos da seleção. Magnífico!
REDAÇÃO VENCEDORA:
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas Sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas
sempre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
"Qual sua experiência?".
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência. Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
"Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"
A redação que segue é de um dos candidatos da seleção. Magnífico!
REDAÇÃO VENCEDORA:
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas Sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas
sempre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
"Qual sua experiência?".
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência. Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
"Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
EDUCAÇÃO SEMPRE
A conclusão que sempre se chega ao falar em Brasil é a necessidade de educação. E não é a toa. Abaixo alguns exemplos magníficos.
Respostas da prova do ENEM:
- O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água.
- A principal função da raiz é se enterrar.
- Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
- O Chile é um país muito alto e magro.
- As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de cuspir.
- O Ateísmo é uma religião anônima.
- A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos.
"O cerumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos."
Hoje endia a natureza..."
"Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado."
"Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia."
Quer se deliciar com mais respostas aqui está o site: http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Diversoes/PerolasDoENEM.htm
Respostas da prova do ENEM:
- O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água.
- A principal função da raiz é se enterrar.
- Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
- O Chile é um país muito alto e magro.
- As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de cuspir.
- O Ateísmo é uma religião anônima.
- A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos.
"O cerumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos."
Hoje endia a natureza..."
"Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado."
"Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia."
Quer se deliciar com mais respostas aqui está o site: http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Diversoes/PerolasDoENEM.htm
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
FELIZ FELIZ
Querer ser feliz depende só de VOCÊ! Isso mesmo. É você que sabe o que te faz feliz, o que te deixa triste, excitada, emocionada. É você que sabe que aquela música, aquele filme, lembra aquela pessoa e que isso não é bom. É você que tem a capacidade de se tornar feliz. É você que sabe o quanto amou e deixou de amar, quantas vezes se decepcionou e voltou a levantar. É você que sabe a força que tem. É você que sabe o que te irrita, alguém que respira alto ou uma patricinha enxerida. SÓ VOCÊ, mais ninguém. Não pense que se está triste é o fim do mundo. Vá em busca da felicidade, vá fazer o que gosta, vá ver um filme, sair com os amigos, vá ler um livro, vá comer um doce, passer na praça, durmir na rede, entrar no mar, vá para a praia, se demita, se arrisque, ligue para aquela pessoa, não tenha medo, SEJA FELIZ!
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
RBS e no fim croissant
Acabei deixando para o último dia para ir à exposição da RBS. Enfim, antes de ir as pessoas me falavam que eu não ia conseguir ver nada, que ia ficar horas na fila,etc. Domingo chuvoso, eu minha querida mãe nos deslocamos até a Usina do Gasômetro. Chegando lá, uma pequena fila, não fiquei nem cinco minutos esperando. Talvez, devido ao tempo, ou por ser o último dia, não estava um atrolho infernal como eu imaginei. O problema nem seria esse, e sim, o fato de que as pessoas vão lá para passear. Vai mãe, pai, filho, cachorro, periquito, a sogra, a cunhada e a vizinha. Aí, fica aquelas crianças correndo de um lado para o outro, saltitando e querendo ver isso e aquilo e acabam não deixando aqueles que querem realmente "saborerar" toda aquela tecnologia e conteúdo, analisar a exposição. Tenho que admitir que não achei "coisa de outro mundo" como a mídia estava dizendo. Ok, ok, vale a pena ir dar uma olhada, mas tem que ter paciência. O que vale mesmo é o vídeo de mais ou menos 20 minutos que eles passam. DEMAIS. O túnel do tempo é muito legal também, mas nos anos 70 eu já tinha desistido de olhar detalhe por detalhe, afinal, ficar de pé lendo, com aquele empurra-empurra das pessoas se tapenado por um espaço é muito querer. Entro na internet e descubro tudo que estava ali, sem precisar me encomodar. A tecnologia e a estrutura era bem interessante. Aquelas gavetas que tu abria e cada hora aparecia uma notícia era bem legal, e aquele sofá gigante também. Porém, não achei nada de super espetacular. É interessante e ponto. O único espetáculo é o vídeo. Eu fiquei no máximo uma hora lá dentro. Várias pessoas me falaram que eu teria que ficar uma tarde inteira. Tudo bem é verdade, para conseguir ver tudinho mesmo. Mas achei que não valia a pena ficar la eperando aquele povo todo cansar de "brincar" com o que estava exposto. Então, depois de 1 hora de visista, meu dia acabou com um croissant de tomate seco e um saborosso capuccino. Valeu a pena.
Vaidade
Texto de Herbert Viana
Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que
não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas,
mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal
é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é
bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em
mais nada além da imagem, imagem,imagem...
Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o
relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo,
nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar
legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens
lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.
Não é e não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva."
Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que
não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas,
mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal
é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é
bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em
mais nada além da imagem, imagem,imagem...
Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o
relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo,
nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar
legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens
lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.
Não é e não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva."
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Se conselho fosse bom...
Se conselho fosse bom não era de graça. Sempre que acontece alguma coisa em nossas vidas vem sempre milhares de teorias e consiprações a respeito. Eu mesma adoro criar uma resposta para todas as dúvidas. Sempre tem alguém para dizer que a mesma coisa aconteceu com ela e ai vem aquele monte de palavras e histórias e, enfim, os conselhos. Tudo bem é sempre bom ter a opinião de outros e não se fechar em um casulo de pensamentos próprios. Mas, cada vez mais, chego a conclusão de que cada caso é um caso. Sempre vão existir situações e problemas iguais, mas ainda somos indivíduos e cada um possuí sua subjetividade. Por isso não se pode querer que a mesma atitude tomada por você seja, também, pelos outros. No final, mesmo com tantas opiniões e mirabolantes teorias, tu sabe o que é melhor pra ti. A tua melhor conselheira é você mesmo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Resquícios do feriado: diversão é a alma do negócio
Fazia tempo que não me divertia tanto em uma noite. Não vou falar dos meus dias na beira da praia, ou melhor do meu dia, porque apenas sábado estava com sol e domingo tive que ir embora. Quero escrever sobre minha noite de sábado. Começando pela companhia: Carol, Dyase, Taynah, Júlia, Renata e agregadas e nossa super concentra na "mansão" da Jú. Eu não vou dar detalhes, até porque sempre tem uma para cometer algumas gafes e queimar um pouco o filme. Mas o que quero salientar o porque de tanto divertimento é simplesmente por "não estarmos nem aí". A gente dançava com pessoas nada a ver, de jeitos bizarros que quem olhava pensava que tínhamos tomado um chá de cogumelo, cheirado uma cocaína ou sei lá eu. A gente dançou e se divertiu do ínicio ao fim. Fomos praticamente explusas da noite (tá certo que chegou uma hora que só a Tay e a Natiéle, não sei como se escreve, que ainda tinham gás para continuar saltitando). Fico pensando naquelas pessoas que ficam na noite preocupadas com os outros ou com a maneira de dançar, se continuam "intactas", da mesma maneira quando saíram de casa. Eu e as gurias não temos esse problema. A gente chuta o balde lááá longe e no final?! É pé destruído devido a tanta dança, chutes em pedras, queimaduras, cabelos nojentos, maquiagem borrada, pernas doloridas, micos e muita história para contar. São resquícios de um belo divertimento, que no final vale muito.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Grande Juremir e Grande Baudrillard
Belíssima teoria. Ontem na aula de Crítica de Mídia tivemos um debate sobre um livro do Baudrillard, Tela Total. Um conjunto de artigos bem complicados que me deixaram louuca quando fui tentar entender o que ele queria dizer. Até cheguei a chingar Baudrillard em momentos de desespero para enteder que a potência do virtual também é virutal. Enfim, lá nas tantas do debate, que estava realmente interessante, falando sobre feminismo, Juremir explica que o que Baudrillard estava querendo dizer: Ele afirma que as mulheres quando não tinham os mesmos direitos dos homens queriam porque queriam igualdade. Depois que adquiriram isso acabam reclamando porque o homem perdeu seu posto de homem, ou seja, sua virilidade. Mais ou menos isso, é claro que eu não vou saber explicar nem me expressar como o Juremir. Enfim, o engraçado foi que, dito isso, eu e as gurias concordamos com Baudrillard. O mesmo que a gente estava reclamando por não entender nada. Isso porque identificamos com nosso assunto preferido de todo santo dia: homens fazidos, homens sem atitudes, homens "mulherzinhas".E nós, no fim, que viramos os homenzinhos da situação. É isso mesmo. Acabamos ligando a teoria do renomado francês com o assunto predileto das mulheres: homens.
Bom mudando de assunto completamente, já que estamos na aula de ontem e no Baudrillard quero ressaltar algo que eu achei muito interessante. Uma discussão perfeita para os dias de hoje com toda essa tecnologia: Quem é superior o homem ou a máquina? Muitos dirão a máquina, pois ela é perfeita. Mas o que Baudrillard afirma é que justamente pleo homem ser imperfeito é que ele é superior a máquina. É como em um jogo de pôquer, por exemplo, o homem sempre será superior a máquina pois ele sabe blefar e a máquina não, pois ela é uma programação. A partir dos erros humanos é que o homem pode criar uma nova tecnologia e estar sempre em aperfeiçoamento.
Adorei.
Bom mudando de assunto completamente, já que estamos na aula de ontem e no Baudrillard quero ressaltar algo que eu achei muito interessante. Uma discussão perfeita para os dias de hoje com toda essa tecnologia: Quem é superior o homem ou a máquina? Muitos dirão a máquina, pois ela é perfeita. Mas o que Baudrillard afirma é que justamente pleo homem ser imperfeito é que ele é superior a máquina. É como em um jogo de pôquer, por exemplo, o homem sempre será superior a máquina pois ele sabe blefar e a máquina não, pois ela é uma programação. A partir dos erros humanos é que o homem pode criar uma nova tecnologia e estar sempre em aperfeiçoamento.
Adorei.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
"Porque o sonho é o grande e necessário transformador do possível"
Eu tirei minha carteira de motorista em agosto e até hoje minha mãe acha que se eu pegar o carro sozinha vou matar alguém. Mas não por não saber dirigir mas porque eu sou muito desligada. Quem me conhece sabe que eu sou bem perdida. Se me perguntam nome de ruas ou como chegar em algum lugar com certeza não vou saber responder. Eu viajo no carro. Fico ouvindo músicas e sonhando acordada. Mas isso acontece em qualquer lugar do mundo. Eu tenho uma imaginação bem fértil. Tudo bem que por um lado isso é ruim, por exemplo não ver a placa de pare ou “viajar” na aula e quando volto à realidade perco metade do conteúdo. Porém, eu acredito que sonhar é essencial. Talvez seja por isso que eu goste tanto de cinema, porque eu saio um pouco desse mundo, que convenhamos é completamente decepcionante! Tu tem o poder de viver outro mundo, outra vida, outras personagens. Faz tão bem. Até mesmo os filmes dramáticos, depois de vê-los, tu pensa “como eu sou ridícula achando que minha vida não é tão boa”. Eu sou conhecida pelas minhas amigas e amigos como a desligada, a perdida. Tudo bem, eu sou mesmo. Ta certo que as vezes chega a ser exagerado, mas eu acho que as pessoas devem viajar, se perder, sonhar bem mais. A gente precisa de um pouco de fantasia nessa vida, nesse mundinho, muitas vezes insuportável.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Grande e eterno Vinicius....
O HAVER
Vinicius de Moraes
Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.
Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
Vinicius de Moraes
Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.
Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Número 2 o senhor não está comendo!
Tropa de Elite já era polêmico antes mesmo de estreiar, devido ao esquema de pirataria que envolveu o filme. Porém, depois de vê-lo você percebe que ele é mais ainda. A história é completamente envolvente e agoniante. Mostra toda a corrupção e violência que existe, não somente nas favelas, mas dentro dos departamentos (Polícia Militar, por exemplo), os quais foram designados para proteger os cidadãos brasileiros. Na obra, José Padilha não tenta fazer aquela separação de mocinhos e bandidos. Ali todos são seres humanos, que passam por dificuldades, que nasceram e viveram em ambientes diferentes. Claro que ao assistir o filme o espectador fica indignado. Os polícias militares fazendo acordos com os traficantes, garotos da classe média-alta envolvidos com drogas e financiando o tráfico, etc. Tu sai da sala de cinema com outa visão. Obvio que toda essa problemática ja existia (e ainda existe) antes do filme surgir. Porém, as cenas, feitas com a camêra na mão, o que da um aspecto mais real, faz com que o público acabe "interagindo" e se envolvendo com a história. É um filme de ação, mas com certeza dramático. As personagens principais foram interpretadas de uma maneira mafnífica pelos atores. Wagner Moura está maravilhoso no papel de Nascimento. Ao mesmo tempob que é frio, violento e revoltado, ele é apenas um ser humano que acredita no seu trabalho e sofre com o mesmo, com sentimento de culpa. Outros atores que se destacam são André Ramiro e Caio Junqueira, que interpretam os aspirantes da polícia militar que entram para o curso do BOPE. A obra é maravilhosa e vale a pena assistir. Com certeza será um filme que ficará marcado na história do cinema brasileiro. Se não for pelo filme em si, com certeza vai ser pela polêmica e todo esquema de pirataria. Mas acredito que vá ser sim, pela história e maravilhosa filmagem.
Ah estou apaixonada pelo Wagner Moura, vou me casar com ele quando eu crescer. E tenho que falar que no meio de tanta violência e terror do filme, tem certas cenas com um humor negro e irônico que da até pra dar umas risadas. Quando assistirem vão entender do que eu estou falando. Adorei.
"Tropa de elite osso duro de roer, pega um pega geral, também vai pegar você."
Ah estou apaixonada pelo Wagner Moura, vou me casar com ele quando eu crescer. E tenho que falar que no meio de tanta violência e terror do filme, tem certas cenas com um humor negro e irônico que da até pra dar umas risadas. Quando assistirem vão entender do que eu estou falando. Adorei.
"Tropa de elite osso duro de roer, pega um pega geral, também vai pegar você."
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
não existe título para isso
Porque as pessoas insistem em fazer o oposto do que dizem? Não é mais simples as vezes dizer "não sei", ao invés de falar sim e depois acontecer o não?! Tenho certeza que o tal do "mal olhado", "praga", ou sejá lá o nome que for, existe. Quando vem uma notícia ruim, ela nunca vem sozinha. Tu tá lá, em um mar de rosas, tá tudo muito bem, ta te divertindo como nunca e derepente PUM!, tudo muda. Mas acho que é assim que funciona né?! A gente vai quebrando a cara, denovo, denovo e denovo. Dizem que com isso a gente vai aprendendo e chega um ponto que ficamos imune e sabemos lidar com determinadas situações. Isso eu posso afirmar que é verdade. Mas mesmo assim a gente sempre vai sentir, porque lá no fundo foi onde tu guardou aquela lembrancinha, afinal, a gente nunca esquece, simplesmente aprendemos a não lembrar. Aqueles momentos ficam lá, guardadinhos, e sempre tem algo pra trazer tudo a tona. Mas tu já aprendeu a não lembrar certo?! Então tudo bem. Se tu te esquecer, com certeza reaprende. Talvez seja como meu pai diz: "Algo melhor tá guardado pra ti". É, pode ser que sim. Mas de tantos tombos já devo estar imune, deve cicatrizar rapidinho. O que é mais uma cicatriz no meio de várias outras. Não e nada, nada mesmo.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Lembranças que voltam...
As vezes as coisas, pessoas, que tu nem se lembra mais, que nem faz mais parte da tua vida, derepente dão um sinal de existência e te abalam por algo completamente banal, que na verdade não vai mudar nada. Mas mesmo assim tu te irrita, tu te emociona, tu lembra. Arrumando meu quarto encontrei o dvd da minha formatura. Aquilo me trouxe lembranças de um tempo que não volta mais e que jamais vai ter igual. A minha turma, a mesma desde a quinta série, com algumas pequenas mudanças,era a mais vagabunda de todas. Na verdade não sei se essa é palavra mas, com certeza era a mais divertida. No último ano,quando deveríamos estar nos preparando para o vestibular, a turma 301 estava querendo fazer votações nas aulas de química e participar das gincanas do colégio.A turma que os professores odiavam em dias de provas mais do que qualquer outra. O lado das gurias (onde eu estou incluída), aquelas que conversavam todas as aulas, gritavam, riam, cantavam, no dia de prova era uma loucura. Todas espremidas de um lado da sala loucas para dar uma coladinha, principalmente nas provas de matemática (pelo menos de minha parte). Era papel voando, a professora gritando e a gente fazendo cara de inocente. Era a turma mais unida de todas,apesar de viverem em eterna guerra devido a assuntos como ligar ou não o ar, os guris mandando as gurias calar a boca e vice-versa. Tudo bem 301 não bombou muito no vestibular, isso eu tenho que admitir, mas quer saber?! que se foda. Faço minha particular bem feliz e adoro (ainda bem que tenho o privilégio de poder pagar uma, caos contrário não falaria isso). Penso na minha turma como uma família, mesmo sabendo que ela não faz mais parte da minha vida, assim como muitas outras pessoas, mas que deixaram sua marca para sempre. Eu agradeço pela turma perfeita que eu tive. Com certeza foram os momentos mais felizes da minha vida. Claro que outros virão, mas como esses?! acho que não. E pode ter certeza que está para nascer uma outra 301. As outras que me perdoem mas a nossa turma era a mais legal. Podem negar e dizer que não, mas eu tenho certeza disso. Todos vão sempre considerar a sua turma a melhor, mas lá no fundo, todo mundo sabe que a família 301 é a que fica!São momentos, pessoas que por mais que passe o tempo e a gente não pense mais, que cada um já tenha tomado um rumo diferente, tem coisas que a gente simplesmente não esquece.
Aqui está meu momento de melancolia para a minha querida turma do colégio. Para aqueles que tiveram a honra de compartilhar esse momento comigo só digo uma coisa: "Eu perguntava do you wanna dance..."
Aqui está meu momento de melancolia para a minha querida turma do colégio. Para aqueles que tiveram a honra de compartilhar esse momento comigo só digo uma coisa: "Eu perguntava do you wanna dance..."
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Meu mundinho (in)feliz.
Eu estava irritada na sexta-feira a noite porque não queria ficar em casa e a noite que eu queria ir fiquei me enrolando e não consegui ingresso. Então resolvi “filosofar um pouco”. Me deparei com um video no youtube (http://www.youtube.com/watch?v=xON22c7pZ6c) sobre o genocídeo de Rwanda de 1994 e, mais uma vez, percebi que insisito em viver em um mundinho rídiculo, fútil, imbecil. Sim somos idiotas que não fazemos nada para mudar o mundo. Sim! Eu sou um desses idiotas que preenchem esse planeta. O que aconteceu em Rwanda foi uma Guerra de etnias, onde até mesmo os pertencentes da mesma etnia se mataram. Em 1993 Hutus e Tutsis firmaram o acordo de Arusha para “compartilharem” o poder e viverem em paz. Porém, isso não durou muito tempo. Os Hutus ortodoxos montaram um “golpe” (palavra um tanto fraca para o que aconteceu) e iniciaram uma Guerra contra os Tutsis e contra a própria etnia. Sim! O que eles afirmavam é que todos os Tutsis deveriam ser mortos como “baratas” e todos os Hutus moderados também. Quando o massacre se iniciou o mundo simplesmente se virou de costas para Rwanda. Talvez nunca se saiba quantas pessoas morreram. Calcula-se que entre 800.000 e 1.0000, o que equivale a 11% da população total. O mundo está um caos, pessoas se matando para que? Poder? E o que mais? É tão difícil assim viver em paz?! E não digo somente da África. Pegue o exemplo do Brasil, onde as “autoridades” (corruptas) não conseguem entrar na favela da rocinha porque os criminosos simplesmente comandam aquela area e possuem armamento que nem o exército tem. O que sobra para as pessoas que vivem naquela região é serem considerados criminosas também e morrerem apenas por viverem no lugar errado e estarem no momento, na hora e no local errado. Daqui a pouco estaremos vivendo um genocídeo como o de Rwanda, matando uns aos outros. Chega ser hipocrisia da minha parte de me indignar. Eu não tenho esse direito. Eu não posso ficar aqui falando o que está errado se eu não faço nada para mudar. O que me resta? Voltar para o meu mundinho e ficar preocupada com a noite que eu vou? Eu juro que eu não sei. Mesmo se eu quisesse fazer alguma coisa por onde eu começaria?! Será que o mundo tem jeito? Será que ainda existe esperança para tudo isso? Eu só espero que, de alguma maneira, isso que eu escrevi sirva para as pessoas se questionarem (assim como eu) e se perguntarem será que vale mesmo ficar brigando nas noites porque o "guri ali tava me bocando”, ou “bá to muito irritada, não quero ficar em casa hoje?!" Pensem nisso. Isso pode ser um pensamento completamente pessimista mas no fundo eu tenho um certo otimismo porque eu continuo nessa mania de acreditar no lado bom das pessoas. Claro que eu não quero pegar minhas coisas, convidar todo mundo e ir lá salvar o mundo. Amo meu mundinho ridiculo, me divirto demais nele, mas me irrita essa minha hipocrisia e as vezes preciso “desabafar” em algum lugar. Se 2% do que eu falei aqui servirem para dar uma “luz” sobre os podres do mundo, talvez, possa ser um começo...quem sabe.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
A COREOGRAFIA DO AMOR
TEXTO MARTHA MEDEIROS
Achei demais esse texto e resolvi postar aqui. Tenho certeza que muitos vão se identificar com ele.
"Quando eu escrevo sobre uma peça de teatro, um filme ou um livro, não é uma crítica de uma profissional. É a opinião de uma amadora que usa o mesmo equipamento que a maioria das pessoas: o achômetro. Tem mais: quase nunca me atenho exatamente ao que vi, mas ao pensamento que me foi despertado a partir do que vi.
Por exemplo, fui longe enquanto assistia ao espetáculo de dança do grupo japonês Sankai Juku, que se apresentou recentemente no Teatro do Sesi, como parte da programação do Em Cena. Meu achômetro registrou uma iluminação deslumbrante, uma apresentação onírica, um esplendor diante dos olhos. Um espetáculo delicado, minucioso, sofisticado, universal, surpreendente e que, com o passar do tempo, vai ficando tedioso. Quando já se está na fase dos bocejos e das cabeceadas, chega o final. Acaba. Então a platéia aplaude ruidosamente e o agradecimento do grupo faz o espetáculo ganhar uma sobrevida. Eles agradecem com uma espécie de coreografia do adeus, um momento mágico, tocante. Cerram-se as cortinas e ficamos com a consciência de que o que se viveu naquele espaço de tempo dentro do teatro foi algo realmente importante e único, mesmo que em alguns momentos do "durante" tenhamos olhado impacientemente para o relógio.
Agora mate a charada: a que isso se compara?
Exatamente: a uma relação de amor.
O amor começa sob o impacto da paixão. Parece que você está sonhando. Nada pode ser mais elevado, mais perfeito. Você não sabe exatamente o que vai acontecer, e fica atento a todos os movimentos, procurando sentido no mistério, encantado com o que está vivendo e confiante no que está por vir.
E o tempo passa. E o que era novo e surpreendente cai numa espécie de rotina, de repetição. Nada está ruim, mas já não mantemos atenção plena - sem desmerecer o que se está vivendo, passamos a olhar para os lados, a procurar uma melhor posição na cadeira, em algum lugar o corpo começa a coçar.
Então vem o primeiro bocejo. E o segundo. Você não sabe mais ao certo se está gostando, só sabe que tem que continuar ali.
Discretamente, espia que horas são. Não sabe quando vai acabar, mas já pensa no fim. Deseja esse fim, aliás. Secretamente. Com uma culpa dos infernos. Devia estar mais feliz.
Até que a relação termina, porque tudo termina. Você se alivia com a idéia, mas não sai correndo. Fica para uma conversa com seu futuro ex. Analisa com ternura o que viveu. Descobre que o passado foi belo. Que você teve uma oportunidade que poucos têm: o de chegar bem perto do sublime.
Emociona-se, então, pela última vez, com uma intensidade nova.
E vai embora.
O coreógrafo e principal bailarino do grupo Sankai Juku, o senhor Ushio Amagatsu, que tem uma espiritualidade e uma alma muito mais refinada que a minha, me enfiaria uma espada pontiaguda no meio do peito se soubesse desses meus devaneios mundanos. Mas que aborrecida seria a vida sem a liberdade de interpretação."
Achei demais esse texto e resolvi postar aqui. Tenho certeza que muitos vão se identificar com ele.
"Quando eu escrevo sobre uma peça de teatro, um filme ou um livro, não é uma crítica de uma profissional. É a opinião de uma amadora que usa o mesmo equipamento que a maioria das pessoas: o achômetro. Tem mais: quase nunca me atenho exatamente ao que vi, mas ao pensamento que me foi despertado a partir do que vi.
Por exemplo, fui longe enquanto assistia ao espetáculo de dança do grupo japonês Sankai Juku, que se apresentou recentemente no Teatro do Sesi, como parte da programação do Em Cena. Meu achômetro registrou uma iluminação deslumbrante, uma apresentação onírica, um esplendor diante dos olhos. Um espetáculo delicado, minucioso, sofisticado, universal, surpreendente e que, com o passar do tempo, vai ficando tedioso. Quando já se está na fase dos bocejos e das cabeceadas, chega o final. Acaba. Então a platéia aplaude ruidosamente e o agradecimento do grupo faz o espetáculo ganhar uma sobrevida. Eles agradecem com uma espécie de coreografia do adeus, um momento mágico, tocante. Cerram-se as cortinas e ficamos com a consciência de que o que se viveu naquele espaço de tempo dentro do teatro foi algo realmente importante e único, mesmo que em alguns momentos do "durante" tenhamos olhado impacientemente para o relógio.
Agora mate a charada: a que isso se compara?
Exatamente: a uma relação de amor.
O amor começa sob o impacto da paixão. Parece que você está sonhando. Nada pode ser mais elevado, mais perfeito. Você não sabe exatamente o que vai acontecer, e fica atento a todos os movimentos, procurando sentido no mistério, encantado com o que está vivendo e confiante no que está por vir.
E o tempo passa. E o que era novo e surpreendente cai numa espécie de rotina, de repetição. Nada está ruim, mas já não mantemos atenção plena - sem desmerecer o que se está vivendo, passamos a olhar para os lados, a procurar uma melhor posição na cadeira, em algum lugar o corpo começa a coçar.
Então vem o primeiro bocejo. E o segundo. Você não sabe mais ao certo se está gostando, só sabe que tem que continuar ali.
Discretamente, espia que horas são. Não sabe quando vai acabar, mas já pensa no fim. Deseja esse fim, aliás. Secretamente. Com uma culpa dos infernos. Devia estar mais feliz.
Até que a relação termina, porque tudo termina. Você se alivia com a idéia, mas não sai correndo. Fica para uma conversa com seu futuro ex. Analisa com ternura o que viveu. Descobre que o passado foi belo. Que você teve uma oportunidade que poucos têm: o de chegar bem perto do sublime.
Emociona-se, então, pela última vez, com uma intensidade nova.
E vai embora.
O coreógrafo e principal bailarino do grupo Sankai Juku, o senhor Ushio Amagatsu, que tem uma espiritualidade e uma alma muito mais refinada que a minha, me enfiaria uma espada pontiaguda no meio do peito se soubesse desses meus devaneios mundanos. Mas que aborrecida seria a vida sem a liberdade de interpretação."
domingo, 23 de setembro de 2007
Nada de água com açúcar...
Ontem estava eu em casa decidindo com meus pais qual filme ver no cinema. Eu queria ir ver “Hairspray”, porém acabamos indo ver “Nunca é tarde para amar” que tem como titulo original “I could never be your woman”. É incrível como a tradução é mal feita, eu acho isso completamente irritante. Mas não é sobre isso que quero falar. Quando optamos por esse filme eu pensei que seria mais uma daquelas comedias românticas “água com a açúcar”, melosa, que seria uma historinha idiota como as outras de uma coroa de seus 40 anos se querendo para um gurizão. Porém acabaei me surpreendendo. Por trás daquela história manjada tem toda uma critica a sociedade atual, as mulheres e homens que só querem se manter jovem, fazer plásticas e colocar botox. Mostra também a relação de mãe e filha, mas não daquela forma simplesmente irritante (adoro essa palavra) de outros filmes. É tudo de uma forma diferente que só vendo para entender. Bom a melhor parte do filme é o final (não se preocupem que eu não vou contar o final mesmo, só uma parte sensacional), quando a filha da personagem da Michelle Pfeiffer se apresenta um um show no colégio cantando uma musica que é uma critica, como eu havia falado do filme antes, a sociedade moderna, ao bush, as queridinhas artistas americanas como Lindsay Lohan e Britney Spears. A musica ganha o filme. O que era pra ser um filmezinho de se ver no domingo, na sessão da tarde, se saiu muito melhor que a encomenda. Por isso, cada vez mais, me convenço de que o roteiro do filme é mais importante que qualquer tecnologia cinematográfica. Não que eu esteja menosprezando as filmagens sensacionais, que se não fosse certas tecnologias jamais seria possível fazer filmes serem tão espetaculares como O Senhor dos anéis. Mas, acredito, que o enredo é essencial. O filme precisa mexer com o subjetivo das pessoas, com suas emoções e não ser apenas um show de efeitos especiais.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
SENADO: Retrato da sociedade brasileira
O resultado, nada surpreendente, do caso Renan Calheiros me deixou, assim como muitos, completamente indignada. Uma votação secreta, onde deveria ser aberta aos eleitores, me mostra que vivemos em uma ditadura disfarçada de democracia. Não podemos falar em nação democrática, onde, de acordo com a lei todos deveriam ser iguais, e na verdade ocorre o contrário, afinal políticos, empresários conhecidos, juízes tem lá seus privilégio.Acaba que uns são mais iguais que os outros perante a lei.Isso é democracia?! Essa situação só vai mudar quando nossa sociedade for mais instruída o que não acredito que vá acontecer tão cedo. As informações passada para a população são sempre manipuladas. Nós somos o país das novelas, onde as pessoas acreditam que aquela história que passa na televisão é a realidade, e chegam até a agredir atores que fazem papéis de vilões. Nosso governo, ao invés de investir em educação para essas pessoas, preferem dar uma bolsa família ou seguro desemprego que acaba sendo mais vantajoso estar desempregado e ganhar certa quantia do que, dependendo do trabalho, receber o salário que muitas vezes é menor que tal benefício. Isso tudo faz parte do monte de “vale miséria” que nosso governo distribui. Sem educação, sem a instrução necessária para a população, o Brasil nunca irá para frente. O que me parece é que, na verdade, tudo isso é muito vantajoso para nossos governantes que, através dessa ignorância da população brasileira, consegue manter sua manipulação e sua ditadura disfarçada. Sendo assim, dificilmente encontraremos uma solução para a corrupção de nosso governo. Depois de lobistas, contas pagas por empreiteiras, filho bastardado, cervejaria Schincariol, gados, uso de laranjas para compra de uma empresa de comunicação e muito mais, senhor Renan Calheiros, que está presente na política brasileira desde a época do Collor, sabe-se lá quantas outras falcatruas não foram feitas desde então, é absolvido. O que nos resta? Continuar vivendo nossa vida, esperando outras eleições, com discursos de pura demagogia e hipocrisia.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
TRIO SEM NOÇÃO - PARTE I - SANTO FORTE
Na foto: Paulinha, Carol e Bru
Ok ok, não poderei dar detalhes desse feriado do dia 07 de setembro para não comprometer esse trio sem noção ai da foto. Mas, preciso dizer que nesse fim de semana prolongado foi comprovado que nosso santo é forte. Por isso estou postando essa foto para ficar registrado esse feriado. Se eu pudesse contava as 3 cenas mais bizarras da viagem, mas, isso comprometeria terceiros. Então morram de curiosidade meus queridos! Só posso dizer que tudo começou com uma indiada na ida até Garopaba, quando o ônibus em que estávamos estragou e tivemos que esperar 1h30min para outro ir nos buscar. Posso falar também da falta de sono da gurizada que, ao invés de descansarem no findi, cansam mais ainda e acabam fazendo coisas bizarras do tipo passar creme de pentear o cabelo na perna achando que é hidratante. Não se preocupe dona da bizarrise não citarei nomes! Enfim, com certeza esse trio parada dura vai aprontar muito ainda e o que eu puder contar aqui eu conto, o resto deixo para a imaginação do pessoal. Se vocês soubesssem em cada uma que a gente se meteu com certeza concordariam comigo quando eu digo NOSSO SANTO É MUUUUITO FORTE!!!
Aí Tem...
Crônica da Martha Medeiros
Mas mulher é um bixo chato mesmo...
"As coisas são como são. Se alguém diz que está calmo, é porque está calmo. Se alguém diz que te ama, é porque te ama. Se alguém diz que não vai poder sair à noite porque precisa estudar, está explicado. Mas a gente não escuta só as palavras: a gente ouve também os sinais.
Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava frio como um iglu. Você falava, falava, e ele quieto, monossilábico. Até que você o coloca contra a parede: "O que é que está havendo?". "Nada, tô na minha, só isso." Só isso???? Aí tem.
Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava exaltado demais. Não parava de tagarelar. Um entusiasmo fora do comum. Você pergunta à queima-roupa: "Que alegria é essa?" "Ué, tô feliz, só isso". Só isso????? Aí tem.
Os tais sinais. Ansiedade fora de hora, mudez estranha, olhar perdido, mudança no jeito de se vestir, olheiras e bocejos de quem dormiu pouco à noite: aí tem. Somos doutoras em traduzir gestos, silêncios e atitudes incomuns. Se ele está calado demais, é porque está pensando na melhor maneira de nos dar uma má notícia. Se está esfuziante demais, é porque andou rolando novidades que você não está sabendo. Se ele está carinhoso demais, é porque não quer que você perceba que está com a cabeça em outra. Se manda flores, é porque está querendo que a gente facilite alguma coisa pra ele. Se vai viajar com os amigos, é porque não nos ama mais. Se parou de fumar, é uma promessa que ele não contou pra você. Enfim, o cara não pode respirar diferente que aí tem.
Às vezes não tem. O cara pode estar calado porque leu um troço que mexeu com ele, ou está falando muito porque o time dele venceu. Pode estar mais carinhoso porque conversou sobre isso na terapia e pode estar mais produzido porque teve um aumento de salário. Por que tudo o que eles fazem tem que ser um recado pra gente?
É uma generalização, mas as mulheres costumam ser mais inseguras que os homens no quesito relacionamento. Qualquer mudança de rota nos deixa em estado de alerta, qualquer outra mulher que cruze o caminho dele pode ser uma concorrente, qualquer rispidez não justificada pode ser um cartão amarelo. O que ele diz importa menos do que sua conduta. Pobres homens. Se não estão babando por nós, se tiram o dia para meditar ou para assistir um jogo de vôlei na tevê sem avisar com duas semanas de antecedência, danou-se: aí tem."
Mas mulher é um bixo chato mesmo...
"As coisas são como são. Se alguém diz que está calmo, é porque está calmo. Se alguém diz que te ama, é porque te ama. Se alguém diz que não vai poder sair à noite porque precisa estudar, está explicado. Mas a gente não escuta só as palavras: a gente ouve também os sinais.
Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava frio como um iglu. Você falava, falava, e ele quieto, monossilábico. Até que você o coloca contra a parede: "O que é que está havendo?". "Nada, tô na minha, só isso." Só isso???? Aí tem.
Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava exaltado demais. Não parava de tagarelar. Um entusiasmo fora do comum. Você pergunta à queima-roupa: "Que alegria é essa?" "Ué, tô feliz, só isso". Só isso????? Aí tem.
Os tais sinais. Ansiedade fora de hora, mudez estranha, olhar perdido, mudança no jeito de se vestir, olheiras e bocejos de quem dormiu pouco à noite: aí tem. Somos doutoras em traduzir gestos, silêncios e atitudes incomuns. Se ele está calado demais, é porque está pensando na melhor maneira de nos dar uma má notícia. Se está esfuziante demais, é porque andou rolando novidades que você não está sabendo. Se ele está carinhoso demais, é porque não quer que você perceba que está com a cabeça em outra. Se manda flores, é porque está querendo que a gente facilite alguma coisa pra ele. Se vai viajar com os amigos, é porque não nos ama mais. Se parou de fumar, é uma promessa que ele não contou pra você. Enfim, o cara não pode respirar diferente que aí tem.
Às vezes não tem. O cara pode estar calado porque leu um troço que mexeu com ele, ou está falando muito porque o time dele venceu. Pode estar mais carinhoso porque conversou sobre isso na terapia e pode estar mais produzido porque teve um aumento de salário. Por que tudo o que eles fazem tem que ser um recado pra gente?
É uma generalização, mas as mulheres costumam ser mais inseguras que os homens no quesito relacionamento. Qualquer mudança de rota nos deixa em estado de alerta, qualquer outra mulher que cruze o caminho dele pode ser uma concorrente, qualquer rispidez não justificada pode ser um cartão amarelo. O que ele diz importa menos do que sua conduta. Pobres homens. Se não estão babando por nós, se tiram o dia para meditar ou para assistir um jogo de vôlei na tevê sem avisar com duas semanas de antecedência, danou-se: aí tem."
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Bixo solto da Ivete...
Ontem, em pleno show,que para quem não sabe foi PERFEITO, Ivetinha falou algo que eu achei sensacional. Ela disse que todos temos um bixo preso dentro de nós e que era preciso soltá-lo. Logo, ela fez o público se virar para um lado e descer até o chão, o que ela chamou de início da "libertação do bixo". Parei para pensar, enquanto todos desciam até o chão (inclusive eu) e percebi que realmente, todos temos bixos, ou seja lá o que for, querendo ser libertados. As vezes não permitimos sua saída com medo da reação dos outros (mais um sintoma da normose). Então, resolvi que todos temos que soltar essas criaturinhas de dentro de nós e viver a vida intensamente.Foi quando percebi que muitos vivem de maneira "quieta", porém, naquele show todos viram bixos, pulando, saltitando e cantando. Cheguei a conclusão que, se tem alguém nesse mundo capaz de fazer as pessoas se sentirem livres, esse alguém é a Ivete. A mulher é completamente pirada e tu não consegue ficar parada no show dela. Ela conversa, aperta os peitos e fala do silicone, diz que as gaúchas são lindas (talvez ela não tenha espelho em casa), enfim, ela é a pessoa "marqueteira" mais legal que tem. Eu nunca achei ela tudo-de-bom, como muitas pessoas, porém, depois de ontem, realmente ela é TUDO-DE-BOM e mais um pouco. Agora sim, virei fã. Soltem seus bixos...e viva a Ivetinha!
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Boicote a normose...
Esse é um texto bem legal da Martha Medeiros.
NORMOSE
Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Martha Medeiros ( 05.08.07-Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS)
NORMOSE
Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Martha Medeiros ( 05.08.07-Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS)
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
O Surgimento
Em uma noite de insônia acá estava eu, na frente do computador procurando algum site interessante. Resolvi, então, seguir o exemplo dos meus colegas e a dica dos meus professores (para quem não sabe faço jornalismo), de criar um blog. Essa idéia já tinha passado pela minha cabeça, porém, eu sempre me perguntava se teria algo de interessante para escrever. Cheguei a conclusão de que isso é muito relativo, afinal o que me interessa pode ou não interessar outras pessoas. Mesmo com essa dúvida resolvi dar vida a essa criaturinha. Se vai causar interesse em alguém eu não sei, mas (peço desculpas pelo jeito nada sutil), FODA-SE. Ninguém é obrigado a ler as besteiras (ou não) que postarei aqui. Mesmo sendo um fracasso tenho certeza que alguma alma caridosa (provavelmente meu pai, minha mãe e amigos) se comoverá com minha tentativa. Não há um motivo especifico para a criação deste. Talvez seja um meio de treinar meu texto ou uma maneira diferente de me expressar. Ao longo (ou curto, sabe-se lá) do blog colocarei alguns textos que eu considero interessante (já usei muito essa palavra aqui e esses parênteses estão me irritando), algumas poesias, letras de musicas e, é claro, textos criados pela minha pessoa. Sinta-se livre para invadir o meu complicado cérebro. O nome do blog eu plagiei (ótimo começo para uma carreira jornalística não?!) do meu amigo Pedro Bertini (saudades), que no momento está na Itália, que tem um blog chamado gumasbrain. Eu, sem criatividade nenhuma, curti o nome e acá está ele.
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